O Cruzeiro está prestes a confirmar confirmou Fernando Seabra como o novo técnico do time, substituindo Nicolás Larcamón. A mudança ocorre após uma fase ruim sob a liderança de Larcamón, caracterizada por decisões controversas e descontentamento tanto na diretoria quanto no elenco, principalmente em relação à baixa utilização de atletas da base.
Seabra retorna à Toca da Raposa após experiências positivas à frente das categorias de base do Cruzeiro e um período positivo no comando do time durante as etapas finais do Campeonato Brasileiro de 2023
A trajetória de Fernando Seabra
O apoio crucial para o regresso de Fernando Seabra ao Cruzeiro veio do diretor-técnico Paulo Autuori, que viu no técnico um potencial significativo para liderar o time principal. Seabra, que havia deixado o Cruzeiro em janeiro para dirigir o time sub-23 do RB Bragantino, retorna agora com uma bagagem considerável de experiências e conquistas nas categorias de base. Durante seu tempo no sub-20 do Cruzeiro, Seabra registrou um histórico impressionante, com 57 vitórias em 91 jogos e apenas 16 derrotas, evidenciando sua competência como técnico.
Além de desempenhar um papel vital na conquista de uma vaga na Copa Sul-Americana para o Cruzeiro, juntamente com Paulo Autuori, após a saída de Pepa, Seabra tem um histórico de êxitos com os jovens atletas. Ele foi o arquiteto de importantes títulos para o Cruzeiro, incluindo dois campeonatos mineiros sub-20 consecutivos e a Copa do Brasil Sub-20. Seu breve período como técnico interino na primeira equipe também foi marcante, especialmente no empate sem gols contra o RB Bragantino no Brasileirão, mostrando sua capacidade de gerenciar partidas em alto nível.
Histórico de Fernando Sebra pelo Profissional
- 7 jogos
- 2 vitórias
- 5 empates
- 52.38% de aproveitamento
- 6 gols feitos
- 4 gols sofridos
Encerramento do ciclo de Larcamón
A saída de Nicolás Larcamón do Cruzeiro teve influência de uma série de fatores internos. A direção da SAF e membros do elenco expressaram preocupações com as escolhas táticas e a escalação do time nas partidas finais sob seu comando. Especificamente, a falta de uso de atletas das categorias de base do Cruzeiro pesou na decisão. Esse aspecto, junto com algumas escolhas de escalação controversas, causou desconforto e divisões dentro do time.
As escolhas de Larcamón, especialmente em momentos cruciais, levaram a questionamentos. Por exemplo, na primeira partida da final do Campeonato Mineiro, a decisão de manter Zé Ivaldo no banco desencadeou surpresa e desapontamento, não só na diretoria e no elenco, mas também entre os torcedores. Além disso, a opção de levar jogadores titulares para o jogo da Copa Sul-Americana em Quito, apenas para mantê-los no banco, foi vista como uma estratégia arriscada, especialmente considerando a importância do clássico seguinte. Esta decisão acabou se mostrando ainda mais problemática quando Zé Ivaldo, que jogou nessa partida, sofreu uma lesão muscular, colocando em risco sua participação no jogo decisivo do estadual.